A logística compartilhada já está em pauta há algum tempo, assim como a terceirização. Esses assuntos têm relação direta com uma das maiores lições que a pandemia trouxe: a visão colaborativa.
No cenário da crise, diversas empresas formaram parcerias, expandiram seus negócios e conseguiram aumentar suas receitas.
Por exemplo, dois cases de sucesso na pandemia são o Magazine Luiza e a Via Varejo. Essas empresas primeiramente investiram nos seus próprios setores logísticos, e depois fecharam parcerias com empresas de logística para a entrega de seus produtos. Assim, conseguiram faturar ainda mais na crise.¹
Outro caso, só para exemplificar melhor, foi a empresa Kemin. O diretor da empresa relata como se beneficiou desde que tomou a decisão de terceirizar seus serviços logísticos. De antemão, conseguiu focar totalmente nos processos que sua empresa faz. Em seguida, notou clientes mais satisfeitos pela melhora do serviço e o menor tempo de espera para a entrega dos produtos.²
A logística compartilhada e a terceirização no setor logístico
Com base no conceito de economia colaborativa, a logística compartilhada trata-se de uma parceria entre empresas que possuem objetivos ou necessidades em comum e visam a otimização do processo logístico.
O conceito de terceirização “uma empresa que faz serviços para outra” está dentro das práticas da logística colaborativa, apesar de essa ser um conceito mais amplo e moderno e que envolve mais coisas.
Ela compactua, por meio das parcerias realizadas, com o objetivo primordial da logística: entregar o produto final na mão do consumidor com a melhor qualidade possível no menor período de tempo.
Como funciona a logística compartilhada
Dentro do mercado, temos alguns exemplos mais famosos de economia colaborativa como a Uber, a Airbnb e o IFood. Logo, para pensar em como funciona a prática da logística colaborativa, aplica-se a funcionalidade dessas empresas dentro dos processos logísticos.
Com essa lógica, é possível pensar em uma empresa que disponibiliza para outra parte do seu armazém ou em negócios que dividem o custo de transporte, pois usam os mesmos veículos para a distribuição de seus produtos.
Abaixo, serão citadas as práticas mais realizadas.
Centro de distribuição compartilhado
O centro de distribuição é o local de armazenagem onde ocorre o manuseio e a gestão de produtos.
Muitas empresas não ocupam 100% do espaço do seu armazém ou ele fica ocioso certo período do ano. Dessa forma, duas empresas podem chegar ao acordo de dividir o armazém ou uma pode negociar com a outra terceirizando o serviço.
Compartilhar o centro de distribuição significa que um mesmo local de armazenagem pode ser utilizado para diferentes produtos de diferentes clientes.
A consequência é a redução de gastos em tudo que envolve a armazenagem e gestão – luz, maquinaria, aluguel, entre outros.
Veículos compartilhados
Essa é uma das práticas mais conhecidas. Ela se aplica tanto para veículos que estão sem uso no seu centro logístico, quanto para otimização das rotas.
Se uma empresa tem os veículos parados, outra empresa pode contratá-la para fazer suas rotas. Ao mesmo tempo, uma empresa que já faz suas próprias rotas, pode fazer um acordo com outro negócio para carregar os itens dele na volta.
Desse modo, o trajeto de retorno tem um objetivo e economiza gasolina, além de ser uma ideia sustentável.
Benefícios da prática para o setor logístico
Visão colaborativa e aumento da competitividade
Já faz anos que a ideia de um mercado mais colaborativo, com uma visão mais englobada entrou em pauta. Mas agora a pandemia destaca como é essencial uma visão de mais colaboração entre as pessoas e as empresas.
Sob essa óptica, a logística compartilhada aumenta a competitividade da sua empresa trazendo novos parceiros, além de ser bem vista pelos seus clientes. Por fim, você causa um impacto ainda mais positivo no mercado!
Sustentabilidade
Não há nada no futuro que não tenda à sustentabilidade.
Nesse sentido, a prática de logística colaborativa, principalmente quando se fala do transporte compartilhado, é um dos caminhos para se atingir processos logísticos mais sustentáveis.
Outro caminho é a logística reversa, clique aqui e confira!
Redução dos custos
Fazer parcerias pode ajudar a reduzir (e muito) os custos de serviços logísticos que uma empresa faz.
Na maioria das vezes, quando a sua empresa não é especializada em serviços logísticos, terceirizar esse serviço pode fazer seu negócio alavancar. Em resumo, você focar mais no seu produto ou no seu serviço principal.
Do mesmo modo, compartilhar serviços logísticos pode se tornar uma economia a médio e longo prazo para sua empresa. Mas fique atento, porque tudo deve ser previamente calculado.
Atualmente, já existem muitos exemplos no mercado de empresas que terceirizaram ou fizeram parcerias e foram cases de sucesso, conseguindo aumentar seu lucro cada vez mais.
Referências:
- https://exame.com/negocios/gigantes-como-mercado-livre-e-magalu-driblam-a-dependencia-dos-correios/
- https://opresenterural.com.br/kemin-anuncia-terceirizacao-da-logistica/
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